
Os animais silvestres e exóticos chamam a atenção por serem diferentes dos pets tradicionais, mas nem todos são permitidos.
Os animais de estimação fazem parte da rotina de milhões de brasileiros, exercendo um papel fundamental no bem-estar físico, emocional e até social dos seus tutores. Ter um pet em casa contribui para aliviar o estresse, reduzir a ansiedade, combater a solidão e até promover hábitos mais saudáveis.
Além disso, a convivência com animais fortalece o senso de responsabilidade, principalmente entre crianças, e proporciona vínculos afetivos genuínos que enriquecem o ambiente familiar, além de ser uma boa forma de se conectar emocionalmente.
No entanto, com o aumento da busca por espécies diferentes dos tradicionais cães e gatos, cresce também o interesse por animais silvestres e exóticos. Antes de adotar um animal fora do convencional, é essencial entender as diferenças, a legalidade e os cuidados necessários para garantir bem-estar ao pet.
Neste artigo, você vai ver:
Afinal, qual a diferença entre animais silvestres e exóticos?
Muitas pessoas confundem os termos “silvestres” e “exóticos”, mas entender a diferença entre eles é essencial para evitar erros legais e problemas com órgãos ambientais. Os animais silvestres são aqueles que fazem parte da fauna nativa do Brasil.
Ou seja, espécies que se desenvolvem naturalmente no território nacional, como araras, jabutis e tamanduás. Esses animais, mesmo quando criados em cativeiro, continuam sendo considerados silvestres e, por isso, exigem autorização específica para sua posse.
Já os exóticos são animais originários de outros países, como ferrets, cobras do milho e iguanas-verdes, que foram introduzidos no Brasil por meio de criadouros regulamentados. Enquanto os animais silvestres podem ser protegidos por leis específicas e exigem acompanhamento de órgãos como o IBAMA.
A posse ilegal de qualquer uma dessas espécies pode gerar multas elevadas e até detenção. Por isso, não basta comprar ou ganhar um animal diferente; é preciso garantir que ele tenha origem legal, identificação e documentação exigida por lei.
O processo para a legalização varia conforme o tipo de animal e o local onde o interessado reside. Além da questão legal, entender essa diferença também ajuda a garantir os cuidados adequados. Animais silvestres podem ter comportamentos e necessidades distintas dos exóticos.
Já os exóticos, por virem de habitats diferentes, muitas vezes exigem estrutura específica, alimentação especial e acompanhamento veterinário constante. Por isso, além da documentação, quem deseja criar essas espécies precisa se preparar para oferecer bem-estar completo e permanente.
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Quais animais silvestres posso ter?
Atualmente, diversos animais silvestres podem ser criados legalmente como pets no Brasil, desde que adquiridos de criadouros autorizados pelo IBAMA. Essas espécies, apesar de não convencionais, conquistam tutores por sua beleza, comportamento ou facilidade de manejo. Confira:
- Jabuti-piranga: Tranquilo e de fácil adaptação, esse réptil vive bem em jardins e ambientes externos.
- Ararinha-maracanã: Ave colorida e inteligente, costuma interagir bem com os tutores e exige enriquecimento ambiental.
- Sagui-de-tufo-preto: Pequeno primata curioso e ativo, precisa de espaço e convivência com outros da mesma espécie.
- Papagaio-verdadeiro: Famoso por sua habilidade de vocalizar sons, requer ambiente enriquecido e estímulo constante.
- Cágado-pescoço-de-cobra: Vive em ambientes aquáticos e se alimenta de pequenos peixes e insetos, ideal para tanques e lagos.
- Maritaca: Similar ao papagaio, é sociável e se adapta bem em viveiros com espaço para voar.
- Tartaruga-tigre-d’água: Embora comum em lares brasileiros, exige cuidados com temperatura e qualidade da água.
- Canário-da-terra: Muito valorizado pelo canto, precisa de viveiro adequado e alimentação rica em sementes.
Qual o processo para ter animais silvestres?
Para ter um animal silvestre legalmente, o interessado deve adquiri-lo exclusivamente de um criadouro autorizado pelo IBAMA ou órgão ambiental estadual. O animal precisa vir com nota fiscal e microchip, além de estar registrado em sistema oficial.
Após a aquisição, o tutor deve manter os documentos sempre disponíveis para eventuais fiscalizações. Também é necessário garantir habitat apropriado, alimentação balanceada e acompanhamento veterinário especializado em fauna silvestre.
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Quais animais exóticos posso ter?
Assim como os silvestres, os animais exóticos também podem ser mantidos legalmente no Brasil, desde que a origem seja comprovada e a espécie conste em lista permitida pelos órgãos ambientais. Essas espécies chamam atenção por sua aparência incomum. Confira:
- Ferret (furão): Mamífero curioso e brincalhão, exige espaço seguro e estímulos constantes para não desenvolver estresse.
- Iguana-verde: Répteis tropicais que precisam de ambientes aquecidos e dieta baseada em vegetais.
- Python-real: Espécie de serpente dócil, muito procurada por amantes de répteis, com alimentação à base de roedores.
- Coelho-leão: Pequeno mamífero de pelagem diferenciada, vive bem em ambientes internos e interage com humanos.
- Calopsita: Ave dócil, vocal e sociável, adaptável a diferentes lares e fácil de treinar com reforços positivos.
- Periquito-australiano: Colorido e popular, vive bem em pares e requer ambiente limpo e enriquecido.
- Corn snake (cobra do milho): Serpente exótica e tranquila, ideal para criadores iniciantes devido ao comportamento previsível.
- Hamster chinês: Roedor pequeno e de fácil manejo, indicado para ambientes reduzidos e tutores com pouca experiência.
Qual o processo para ter animais exóticos?
A aquisição de um animal exótico deve ocorrer em criadouros ou pet shops licenciados, com nota fiscal e, em alguns casos, microchip de identificação. O interessado deve confirmar se a espécie está liberada pelo IBAMA e seguir as regras estaduais sobre transporte e manutenção.
Além disso, é fundamental informar-se sobre as exigências de espaço, temperatura, alimentação e higiene. O tutor também deve garantir que o animal nunca entre em contato com o ambiente natural, para evitar desequilíbrios ecológicos.
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