Ibovespa: tarifas de Trump afetam mercado brasileiro

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil, encerrou o dia 9 de agosto com uma queda de 1,31%, atingindo 137.480,79 pontos. Este é o terceiro dia consecutivo de baixa do índice, que registrou um volume financeiro de R$ 22,2 bilhões em negociações.

A principal razão para essa queda foi o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a imposição de tarifas sobre produtos importados do Brasil. Durante a tarde, a notícia ganhou destaque e, após o fechamento do mercado, a taxa foi definida em 50%. Essa declaração teve um impacto imediato, fazendo com que o índice futuro do Ibovespa chegasse a recuar cerca de 2,5%. Além do Brasil, o presidente americano anunciou tarifas de 30% para o Sri Lanka e implementou medidas semelhantes contra países como Argélia, Filipinas, Líbia, Iraque, Moldávia e Brunei.

Nos Estados Unidos, a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed) mostraram uma preocupação crescente com a inflação e incertezas na economia. Contudo, o mercado começou a considerar a possibilidade de uma redução nas taxas de juros em setembro, com a expectativa de uma queda acumulada de 50 pontos-base até o final do ano, conforme dados do CME Group.

Dentre os destaques do Ibovespa, a ação da Vale, que possui grande peso no índice, caiu 0,99%. As ações da Petrobras também tiveram um desempenho negativo, com queda de 1,45% para as ações ordinárias (ON) e 0,62% para as preferenciais (PN). No setor bancário, Itaú (PN) caiu 2,07% e Banco do Brasil (ON) teve uma redução de 2,50%. Entre os 84 papéis que compõem a carteira teórica do Ibovespa, apenas oito fecharam em alta.

As maiores altas do dia foram registradas por Braskem, que subiu 6,02%, seguida por Vamos (+2,31%) e BRF (+1,67%). Por outro lado, as ações da PetroReconcavo apresentaram a maior queda, com -5,36%, seguidas por Marfrig (-4,73%) e CVC (-4,51%).