
O Paraná deve ter um aumento significativo na produção de algodão em 2025, segundo estimativas da Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar). A previsão é de que a área plantada no estado triplique, passando de 584 hectares em 2024 para aproximadamente 1,5 mil hectares.
Atualmente, apenas cinco municípios paranaenses são responsáveis pela produção comercial de algodão, mas a expectativa é que esse número dobre neste ano. O Paraná, que já foi o maior produtor de algodão do país no início dos anos 1990, quando cultivava mais de 700 mil hectares, está retomando sua força nesta cultura.
O algodão é uma planta que se destaca por sua resistência à seca, precisando de pouca água e muitas horas de sol para crescer. A produção de algodão no Brasil é maior na região do Cerrado, em estados como Mato Grosso, e também no noroeste do Paraná.
De acordo com Marcio Nunes, secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, o retorno do cultivo de algodão no estado é uma boa notícia para os agricultores. “O plantio está crescendo muito e se torna uma opção para diversificação das culturas e melhoria da renda do produtor”, afirmou.
Almir Montecelli, diretor-presidente da Acopar, acrescenta que a produtividade atual do Paraná poderia ser muito maior do que no passado e até mesmo em comparação a outras culturas. Ele afirma que os agricultores paranaenses podem cultivar até 500 arrobas por alqueire, o que geraria lucros que superam os da soja.
Um dos desafios antigos da cotonofultura, o bicudo do algodoeiro, que extermina a plantação se não controlado, apresenta agora uma solução mais eficiente no Paraná. Enquanto em outras regiões do Brasil são necessárias cerca de 15 aplicações de inseticida para controlar a praga, no estado são realizadas apenas sete aplicações, muitas vezes sem o uso de fungicidas.
Esse cenário de crescimento na plantação de algodão no Paraná reflete um esforço do estado para revitalizar essa importante cultura e aumentar a rentabilidade dos produtores locais.