
Algumas raças de cachorro naturalmente são mais fáceis de adestrar do que outras, por isso é bom fazer uma pesquisa antes de adotar o pet.
Cada raça de cachorro carrega características próprias que influenciam diretamente seu comportamento, nível de energia, grau de obediência e facilidade de convivência. Essas diferenças decorrem do processo de seleção genética que moldou cães com habilidades específicas, como caça, pastoreio, guarda, etc.
Enquanto algumas raças demonstram enorme facilidade em obedecer comandos e aprender tarefas, outras são mais teimosas, independentes ou distraídas. Isso não significa que um cachorro seja “pior” que outro, mas sim que ele possui instintos diferentes e exige abordagens distintas no adestramento.
Por isso, conhecer o temperamento da raça antes de adotar ou treinar um cão ajuda a evitar frustrações e promove uma convivência mais harmoniosa entre tutor e animal. Com paciência, técnica e reforço positivo, mesmo os cães mais desafiadores podem aprender, mas é bom entender o perfil de cada raça.
Neste artigo, você confere:
7 raças de cachorro difíceis de adestrar
Algumas raças, apesar de encantadoras e inteligentes, apresentam traços que tornam o adestramento um desafio maior. Esses cães, muitas vezes, possuem instintos fortes de independência, tendência à distração ou comportamento dominante. Confira.
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Shih-tzu
Com aparência doce e temperamento tranquilo, o Shih-tzu costuma ignorar comandos com facilidade. Ele valoriza o conforto e a companhia humana, mas demonstra teimosia quando precisa seguir instruções repetidas. Por não se motivar tanto com petiscos ou elogios, o treino precisa ser criativo e persistente.

Chow Chow
Essa raça chama atenção pela beleza e aparência imponente, mas também pela notável independência. O Chow Chow age de forma mais reservada e tende a decidir por conta própria o que deseja fazer. Não costuma demonstrar muita vontade de agradar, o que dificulta o uso de reforço positivo tradicional.

Beagle
Apesar de afetuoso e brincalhão, o Beagle possui instintos de caça muito fortes e se distrai facilmente com sons e cheiros. Seu alto nível de energia e curiosidade tornam os treinos mais longos e exigentes, o que acaba cansando o humano.
Como não se concentra por muito tempo em uma só atividade, o tutor precisa variar os estímulos e manter as sessões curtas e dinâmicas. Ignorar comandos quando encontra um cheiro interessante é quase regra.

Afghan Hound
Elegante e silencioso, o Afghan Hound é conhecido por sua independência e senso de autonomia. Essa raça foi criada para caçar sozinha, sem a orientação do humano, o que explica sua resistência em obedecer ordens. Por mais que entenda os comandos, ele costuma ignorá-los se não estiver interessado.

Pug
O Pug tem personalidade divertida e afetuosa, mas sua teimosia pode dificultar o processo de aprendizado. Ele prefere receber atenção do que seguir comandos, além de demonstrar resistência a ordens repetidas. Embora goste de agradar o tutor, o Pug também se cansa facilmente.

Husky Siberiano
Essa raça é altamente energética, inteligente e determinada, mas possui espírito livre e teimoso. O Husky costuma testar limites, principalmente se perceber que o tutor hesita ou não se impõe. Por ter sido criado para puxar trenós, desenvolveu independência e resistência, o que dificulta a obediência.

Dálmata
Conhecido por sua energia e elegância, o Dálmata apresenta comportamento agitado e muitas vezes ansioso. Isso interfere na concentração durante o adestramento e exige sessões com alto estímulo e regularidade. Embora seja inteligente, ele tende a se distrair com facilidade.
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Por que algumas raças são mais difíceis de adestrar?
A dificuldade no adestramento está diretamente ligada à genética, aos instintos herdados e ao propósito original da raça. Cães criados para tarefas específicas, como caça ou proteção, carregam comportamentos instintivos que podem dificultar a obediência a comandos padronizados.
Raças mais independentes, por exemplo, têm menos interesse em agradar e mais vontade de agir por conta própria. Já outras possuem baixa tolerância à repetição ou ao tédio, o que dificulta sessões prolongadas de treinamento.
Além disso, fatores como temperamento, sensibilidade e sociabilidade também influenciam no processo de aprendizagem. Algumas raças precisam de estímulo emocional constante, enquanto outras se motivam apenas com recompensas alimentares.
Quando o tutor não adapta a técnica de adestramento ao perfil do cão, os resultados demoram mais a aparecer ou simplesmente não acontecem. Por isso, compreender o comportamento natural da raça facilita a escolha dos métodos mais eficazes e reduz os conflitos na convivência.
Outro ponto essencial está na consistência do treinamento. Raças difíceis não significam cães desobedientes por natureza, mas sim que precisam de mais tempo, paciência e rotina bem definida para responder.
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