
Os cordões de neurodiversidade auxiliam na identificação de pessoas que possuem algum transtorno e precisam de tratamento preferencial.
Em um mundo onde a empatia e a acessibilidade caminham lado a lado, os cordões de identificação voltados à neurodiversidade se tornam cada vez mais relevantes. Esses itens, discretos e ao mesmo tempo poderosos, funcionam como sinais visuais que ajudam a reconhecer necessidades específicas.
Através de cores e símbolos padronizados, os cordões permitem que profissionais da saúde, educadores, atendentes e a sociedade em geral adotem abordagens mais compreensivas e respeitosas. Assim, basta bater o olho e entender o tipo de acessibilidade necessária para cada pessoa.
Eles ampliam a visibilidade das diferenças cognitivas e comportamentais, promovendo mais acolhimento e reduzindo o risco de julgamentos errados. Assim, os cordões de neurodiversidade deixam de ser apenas acessórios e se tornam ferramentas fundamentais para garantir autonomia, segurança e dignidade.

Neste artigo, você confere:
Conheça os principais cordões de neurodiversidade
Os cordões de neurodiversidade possuem diferentes cores e estampas, cada um com um significado específico. Eles ajudam a sinalizar condições cognitivas ou neurológicas que podem não ser visíveis à primeira vista, como autismo, TDAH, deficiência intelectual ou outros transtornos.
Essa forma de identificação visual tem ganhado espaço principalmente em espaços públicos, eventos, aeroportos, escolas e repartições públicas. Por meio deles, a sociedade consegue reconhecer com mais facilidade que aquela pessoa pode precisar de tempo extra, ajuda específica ou compreensão.
Saiba mais: Modo escuro no celular pode não ser tão bom assim; veja por que isso pode estar te prejudicando
Cordão de girassol
O cordão de girassol é um dos mais conhecidos e reconhecidos internacionalmente. Ele identifica pessoas com deficiências ocultas, como transtornos do espectro autista, fibromialgia, epilepsia, ansiedade severa, entre outras condições que não se manifestam fisicamente.
O desenho de girassóis sobre fundo verde representa um chamado à empatia. Quem utiliza esse cordão comunica, de forma não verbal, que pode precisar de suporte extra em ambientes movimentados ou em situações que exijam comunicação direta.
Cordão colorido ou listrado
Outro cordão amplamente utilizado é o colorido ou listrado, que representa, de forma mais ampla, a diversidade cognitiva e o orgulho neurodivergente. Ele pode simbolizar condições como TDAH, dislexia, disgrafia, dislalia e outras especificidades neurológicas que impactam o funcionamento cotidiano.
Usar esse cordão é um ato de afirmação e de reivindicação de espaço, além de facilitar o reconhecimento em espaços públicos e educacionais. A diversidade de cores reforça que a neurodiversidade deve ser celebrada, e não escondida.
Cordão azul com peças de quebra-cabeça
Este cordão é tradicionalmente associado ao autismo, especialmente à conscientização sobre o transtorno do espectro autista (TEA). As peças de quebra-cabeça simbolizam a complexidade do espectro, enquanto a cor azul foi adotada por campanhas globais voltadas à visibilidade do autismo.
Pessoas que usam esse cordão sinalizam que podem ter dificuldades com comunicação verbal, interações sociais, sobrecarga sensorial ou mudanças de rotina. Ao reconhecê-lo, atendentes, educadores e o público geral devem agir com paciência e sensibilidade.
Cordão com identificações personalizadas
Além dos cordões padronizados, muitos usuários optam por cordões personalizados, com símbolos, frases ou cores específicas que melhor representem suas necessidades. Pessoas com fobia social, mutismo seletivo ou transtorno do processamento sensorial podem utilizar cordões com pictogramas.
Também é comum frases como “prefiro não falar” ou “preciso de tempo para responder”. Esses cordões não têm padrão universal, mas cumprem a função de facilitar a interação sem gerar desconforto. A personalização fortalece a autonomia de cada pessoa e adapta a comunicação ao seu perfil.
Cordão duplo com identificação e QR Code
Mais recentemente, surgiram modelos que unem as cores tradicionais com recursos digitais, como QR Codes que levam a laudos médicos, contatos de emergência ou orientações específicas sobre como ajudar. Essa versão tem se mostrado muito útil em situações emergenciais.
O uso de tecnologias junto aos cordões amplia a eficácia da comunicação e fortalece a segurança do usuário. Por isso, muitas famílias e cuidadores optam por esse modelo quando se trata de crianças ou idosos com neurodivergências severas.
Veja mais: Precisa repor a Vitamina D? Veja métodos naturais para suplementar!
Quem pode ter acesso aos cordões de neurodiversidade?
O acesso aos cordões de neurodiversidade é destinado a qualquer pessoa que viva com uma condição neurológica, cognitiva ou sensorial que justifique o uso de uma identificação visível. Isso inclui, mas não se limita, a indivíduos com autismo, TDAH, dislexia, Tourette, epilepsia, fobia social, dentre outras.
Também podem utilizá-los cuidadores, familiares ou acompanhantes, especialmente em casos de crianças ou pessoas com dificuldades severas de comunicação. Não existe uma exigência legal que imponha laudo médico para adquirir o cordão, embora em alguns espaços formais eles possam ser solicitados.
A aquisição dos cordões pode ser feita de diversas maneiras. Muitos municípios distribuem os cordões gratuitamente por meio das secretarias de saúde, educação ou assistência social. Basta procurar o CRAS, postos de saúde ou escolas da rede pública para verificar se há disponibilidade.
Além disso, organizações da sociedade civil e associações de pais e familiares de pessoas neurodivergentes também promovem campanhas de distribuição. Quando não há fornecimento gratuito, é possível comprar em lojas especializadas ou plataformas online, que oferecem modelos padronizados.
Para usar o cordão de forma eficaz, o ideal é comunicar às instituições sobre sua finalidade. Escolas, ambientes corporativos, repartições públicas e locais com atendimento ao público precisam capacitar suas equipes para reconhecer e respeitar os cordões.
Embora o uso seja opcional, ele fortalece a autonomia e oferece ao usuário mais confiança ao circular por espaços onde a compreensão sobre neurodiversidade ainda é limitada. Ao adotar esse recurso, a pessoa sinaliza de maneira clara que merece atenção diferenciada, empatia e acolhimento.