
Hotéis e pousadas de todo o Brasil devem se adaptar às novas normas que visam agilizar a entrada e saída de hóspedes.
Quem costuma viajar sabe que um dos momentos mais burocráticos de qualquer passeio é a hora de entrar ou sair do quarto de hotel. Recentemente, o setor de turismo passou por uma atualização importante nas normas que regulamentam o check-in e o check-out em meios de hospedagem, e as mudanças já estão valendo para todo o país.
O objetivo principal dessas novas diretrizes é modernizar o atendimento e oferecer mais clareza para o consumidor. Muitas vezes, os horários rígidos acabavam gerando cobranças extras inesperadas ou longas esperas no saguão, o que causava um certo desconforto logo no início das férias.
Agora, as regras buscam equilibrar a necessidade dos hotéis de organizar a limpeza dos quartos com o desejo dos viajantes por mais flexibilidade. Seja em uma grande rede de hotéis ou em uma pequena pousada familiar, todos os estabelecimentos precisam estar alinhados com essas determinações.
Tudo sobre o Brasil e o mundo você encontra aqui, e é essencial estar por dentro desses detalhes para evitar dores de cabeça na recepção. Afinal, saber os seus direitos e deveres como hóspede é o primeiro passo para uma viagem tranquila e sem surpresas no bolso.
O que muda nos horários de entrada e saída
A principal novidade diz respeito à padronização e à transparência na comunicação dos horários. Anteriormente, não havia uma norma tão clara sobre a duração da diária, o que gerava confusão entre a “diária de 24 horas” e os horários fixos de cada estabelecimento.
Com as novas regras, o meio de hospedagem tem a liberdade de definir seus horários de check-in e check-out, mas eles devem ser informados de maneira ostensiva antes da confirmação da reserva. Se o hotel decidir que a saída é às 11h, isso precisa estar escrito de forma que o cliente não tenha dúvidas.
Informações inacreditáveis como estas, você encontra somente aqui. Outro ponto relevante é a regulamentação do “late check-out” e do “early check-in”. Agora, as condições para estender a permanência ou entrar mais cedo devem ser previamente acordadas, inclusive com a definição clara de taxas, caso existam.
Registro de hóspedes e coleta de dados
Além dos horários, a forma como o cadastro é feito também passou por ajustes. A ficha de registro de hóspedes agora pode ser totalmente digital, dispensando o uso de papel em muitos estabelecimentos. Isso agiliza o processo na chegada, permitindo que o viajante suba para o quarto muito mais rápido.
Os hotéis são obrigados a coletar dados básicos, como nome completo, documento de identidade e CPF. No entanto, o cuidado com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) ficou mais rigoroso. O estabelecimento deve garantir que as informações pessoais do cliente não sejam usadas para outros fins sem autorização.
Essa digitalização também facilita a comunicação com os órgãos de turismo, ajudando o governo a entender melhor o fluxo de pessoas nas cidades. Para o turista, a vantagem é a comodidade: muitas vezes é possível preencher tudo pelo celular antes mesmo de chegar ao local.
Cancelamentos e reembolsos mais claros
As novas normas também tocam em um ponto sensível: as políticas de cancelamento. Agora, os hotéis são incentivados a apresentar de forma muito direta quais são as multas em caso de desistência e qual o prazo máximo para o cancelamento sem custos.
Essa transparência evita aquelas discussões desagradáveis na hora de pedir o dinheiro de volta. Se você fizer a reserva por um site de terceiros, as regras do hotel continuam valendo, mas a plataforma também deve deixar claro as condições de reembolso.
É sempre bom conferir se a tarifa escolhida é a “reembolsável” ou a “não reembolsável”. Geralmente, a segunda opção é mais barata, mas não oferece flexibilidade caso o seu plano de viagem mude de última hora por algum imprevisto.
Regras de convivência e acessibilidade
A atualização das normas reforça ainda o compromisso dos meios de hospedagem com a acessibilidade. Hotéis novos ou que passem por grandes reformas devem garantir quartos adaptados e áreas comuns que permitam a circulação de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
As regras de convivência, como o uso de áreas comuns (piscina, academia e salão de jogos), também ganharam mais foco. O hotel deve deixar exposto o regulamento interno para que todos saibam o que é permitido ou não, garantindo o respeito e o silêncio para todos os hóspedes.
Para quem viaja com animais de estimação, as regras sobre pets também devem ser informadas logo de cara. Se o hotel é “pet friendly”, ele deve especificar quais são as taxas e se existem restrições de porte ou áreas onde os animais não podem circular.
Como garantir que seus direitos sejam respeitados
Ao chegar em um hotel, se você perceber que as regras informadas no momento da reserva não estão sendo cumpridas, o primeiro passo é conversar com a gerência. Ter em mãos o comprovante da reserva ou prints do site ajuda muito a comprovar o que foi prometido.
Caso o problema não seja resolvido, o consumidor pode registrar uma queixa nos órgãos de defesa, como o Procon. Manter o registro de todas as comunicações feitas com o estabelecimento é a melhor forma de se proteger legalmente.
O setor de turismo vive uma fase de retomada forte, e essas mudanças chegam para profissionalizar ainda mais o atendimento. Com mais clareza nos processos de entrada e saída, o foco volta a ser o que realmente importa: aproveitar o destino e descansar.
