Facebook Messenger encerra aplicativo para computador e obriga usuários a migrarem para o navegador

Mudança definitiva afeta quem utiliza o mensageiro no Windows e no macOS, transformando o programa instalado em um atalho para a versão de internet.

Se você é daquelas pessoas que prefere usar o computador para conversar no Facebook Messenger em vez de digitar na telinha do celular, prepare-se para uma mudança importante. A Meta decidiu descontinuar os aplicativos oficiais do mensageiro voltados para os sistemas Windows e macOS, alterando a forma como milhões de pessoas se comunicam no dia a dia.

Na prática, isso significa que aquele programa que ficava instalado diretamente no seu PC ou notebook não funcionará mais da mesma forma. Ao tentar abrir o aplicativo, a maioria dos usuários agora é redirecionada para a versão web, ou seja, para o chat que funciona dentro do navegador de internet, como o Chrome ou o Edge.

Essa decisão faz parte de uma estratégia de unificação da empresa, que busca reduzir os custos de manutenção de diferentes versões do mesmo serviço. Embora possa parecer um detalhe técnico, para quem trabalha com o computador ou gosta de ter uma janela separada apenas para conversas, a notícia mexe diretamente na organização da área de trabalho.

A migração forçada não apaga suas conversas nem remove seus contatos, mas muda a experiência de uso. Agora, o mensageiro volta às suas origens, funcionando de maneira integrada ao site principal do Facebook ou através do endereço específico do Messenger na web.

É importante entender que essa atualização não atinge os aplicativos de celular. Tanto no Android quanto no iPhone, o Messenger continua funcionando normalmente como um aplicativo independente, sem qualquer alteração prevista para esse tipo de uso.

O que muda para quem usa Windows e Mac

Para os usuários de Windows, o aplicativo que era baixado pela Microsoft Store deixa de ser um programa independente e passa a funcionar como um “Web App”. Isso quer dizer que, ao clicar no ícone do Messenger, o que você verá na tela é basicamente o site oficial rodando dentro de uma moldura, sem os recursos nativos que um programa instalado costumava ter.

No caso dos usuários de computadores da Apple, a mudança segue o mesmo ritmo. O aplicativo que aproveitava melhor o hardware do Mac foi deixado de lado em favor da praticidade do navegador. Para muitos, isso pode resultar em um consumo de memória RAM um pouco diferente e uma integração menor com as notificações do sistema operacional.

Uma das principais perdas com essa descontinuação é a agilidade. Aplicativos instalados costumam carregar mais rápido e oferecer atalhos de teclado mais precisos do que as versões de navegador. Por outro lado, a Meta garante que todas as funções principais, como chamadas de vídeo e envio de figurinhas, permanecem acessíveis via web.

Como continuar usando o Messenger no computador

Para não perder o acesso às suas mensagens, o caminho mais simples agora é abrir o seu navegador preferido e digitar o endereço oficial do mensageiro. Lá, você encontrará uma interface muito parecida com a que estava acostumado no aplicativo, com a vantagem de não precisar ocupar espaço no HD com uma instalação extra.

Uma dica prática para quem sente falta de ter um ícone separado na barra de tarefas é criar um atalho fixo pelo navegador. No Google Chrome ou Microsoft Edge, é possível clicar nos três pontinhos de configuração, ir em “Salvar e Compartilhar” e escolher a opção “Instalar esta página como um aplicativo”.

Isso cria uma janela dedicada que se comporta de forma muito similar ao antigo programa, permitindo que você alterne entre as janelas do computador com mais facilidade. É uma solução de contorno que ajuda a manter a produtividade sem precisar deixar uma aba do navegador aberta o tempo todo.

Por que a Meta tomou essa decisão

O encerramento de aplicativos para desktop tem se tornado uma tendência entre as gigantes da tecnologia. Manter uma equipe de desenvolvedores focada apenas em programas para Windows e Mac é caro e trabalhoso, especialmente quando a grande maioria do público utiliza as redes sociais pelo smartphone.

Além disso, a versão web permite que a Meta implemente novas funções para todos os usuários ao mesmo tempo. Quando uma novidade é lançada no site, ela fica disponível instantaneamente para todo mundo, sem que ninguém precise baixar uma atualização ou verificar se a versão do sistema operacional é compatível.

Essa centralização também facilita a integração entre o Messenger, o Instagram e o WhatsApp. Como a empresa busca criar um ecossistema onde as mensagens circulam livremente entre as plataformas, focar no desenvolvimento web parece ser o caminho mais curto para atingir esse objetivo de unificação total.

Segurança e privacidade no navegador

Muitos usuários se perguntam se usar o chat pelo navegador é tão seguro quanto pelo aplicativo dedicado. A resposta curta é sim, desde que você tome os cuidados básicos de navegação. A criptografia e os protocolos de segurança utilizados pela Meta são os mesmos tanto no site quanto nos apps móveis.

A recomendação principal é evitar salvar senhas em computadores compartilhados ou de terceiros. Como agora o acesso será feito via browser, é fundamental garantir que você saia da conta ao terminar o uso em máquinas que não sejam suas, evitando que outras pessoas tenham acesso ao seu histórico de conversas.

No fim das contas, embora a mudança exija um pouco de adaptação inicial, o serviço principal continua lá. O fim do aplicativo para computador marca o encerramento de uma era de programas instalados, reforçando que o futuro das redes sociais e da comunicação está cada vez mais dividido entre a palma da mão e a nuvem da internet.