Paraguai rejeita extradição do traficante Alexandre Gomes

Alexandre Rodrigues Gomes, filho do ex-deputado Eulalio Gomes, conhecido como Lalo, continuará preso no Paraguai. A Justiça paraguaia rejeitou seu pedido de extradição para o Brasil, onde também enfrenta acusações por tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Alexandre está preso na Penitenciária de Segurança Máxima de Emboscada, localizada próxima à capital Asunción. Ele é acusado de diversos crimes, incluindo tráfico internacional de drogas e ameaças a autoridades judiciais. Ele foi detido durante uma operação policial que resultou na morte de seu pai em agosto de 2024, em Pedro Juan Caballero, uma cidade vizinha a Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul. Lalo Gomes, uma figura proeminente na área rural e com possíveis ligações com o tráfico, foi morto em circunstâncias controversas, e sua família alega que a Polícia Nacional realizou uma execução.

Durante uma audiência virtual, os advogados de Alexandre solicitaram a extinção das acusações contra ele e a sua transferência para o Brasil. No entanto, o juiz Osmar David Legal Troche negou o pedido e afirmou que as acusações devem ser mantidas no Paraguai. O Ministério Público destacou a gravidade dos crimes cometidos por Alexandre em solo paraguaio, incluindo ameaças de morte a juízes e envolvimento em negociações de cocaína na Bolívia.

Eulalio Gomes tinha uma reputação significativa entre os pecuaristas da região e era investigado por sua suposta colaboração com o tráfico, especialmente com Jarvis Chimenes Pavão, conhecido como o “Barão da Droga”. Após sua morte, Alexandre assumiu os negócios da família e foi preso na mesma noite do incidente que matou seu pai durante a invasão da polícia em seu domicílio.