
O governo apertou as regras do crédito consignado para beneficiários do Bolsa Família, visando proteger a renda das famílias. Entenda os novos limites e as condições de juros.
O crédito consignado é uma opção que existe para quem recebe o Bolsa Família. Funciona como um empréstimo onde as parcelas são descontadas diretamente do valor do benefício. No entanto, ele sempre gera debates por causa do risco de superendividamento das famílias.
Pensando em proteger o orçamento de milhões de pessoas, o governo federal anunciou novas regras para essa modalidade de crédito. O objetivo principal é garantir que as famílias não comprometam uma fatia grande demais da renda que é essencial para a sobrevivência.
As mudanças vieram para tornar o crédito mais seguro e responsável. Se você pensa em contratar ou já tem um consignado, precisa saber dessas novidades agora em dezembro.
O novo limite de desconto e a taxa de juros
A principal alteração está no limite de desconto do benefício. O governo reduziu a margem consignável, ou seja, o percentual máximo que pode ser descontado da sua parcela.
Essa redução é uma medida de proteção. Ela garante que a maior parte dos R$ 600 (valor base do benefício) permaneça na mão da família para cobrir as despesas básicas.
Além disso, o governo também definiu um teto de juros mais rigoroso para as instituições financeiras. A ideia é evitar que os bancos cobrem taxas abusivas, tornando o empréstimo menos pesado no longo prazo.
É sempre bom pesquisar bastante e comparar as propostas antes de fechar qualquer negócio. O juro menor significa parcelas mais leves.
Quem está elegível para pedir o consignado
A elegibilidade para o empréstimo consignado do Bolsa Família não é automática. Além de receber o benefício, existem outros critérios de segurança que os bancos precisam seguir.
Geralmente, o empréstimo é liberado para quem está há um tempo mínimo recebendo o auxílio de forma regular. Isso dá uma garantia maior para o banco de que o pagamento não será interrompido.
Atenção: as famílias que estão na Regra de Proteção ou que tiveram o benefício bloqueado recentemente podem ter mais dificuldade para conseguir o crédito.
O governo enfatiza que o empréstimo consignado é uma opção, e não uma obrigação. Pense com cuidado se a necessidade do dinheiro agora compensa o desconto que você terá por meses ou anos.
Cuidados essenciais antes de assinar o contrato
Antes de contratar, você precisa fazer as contas na ponta do lápis. O valor da parcela deve caber no seu orçamento sem sufocar as outras despesas da casa.
Pergunte sobre o Custo Efetivo Total (CET), que inclui juros, taxas e encargos. O CET é o valor real que você vai pagar pelo empréstimo.
Outro ponto crucial é a segurança. Nunca aceite a ajuda de intermediários ou de pessoas que prometem facilitar o crédito em troca de dinheiro ou de senhas. Vá diretamente à Caixa Econômica Federal ou a um banco de confiança.
Lembre-se: o benefício é seu. Não deixe que a necessidade vire um peso insuportável no futuro.
