
A reforma tributária prevê a criação de um novo imposto, a Taxa Seletiva, que pode incidir sobre combustíveis. Analistas alertam que o custo na bomba de gasolina e diesel pode subir em 2026.
A tão debatida Reforma Tributária aprovada pelo Congresso Nacional trouxe consigo a criação de um novo imposto com potencial de impacto direto no custo de vida: o Imposto Seletivo (IS), apelidado de “imposto do pecado”. Embora vise desestimular o consumo de produtos que causam danos à saúde e ao meio ambiente, os combustíveis estão na lista de itens que podem ser atingidos.
Analistas econômicos e o setor de transportes alertam que a inclusão da gasolina e do diesel no rol da Taxa Seletiva pode gerar um aumento expressivo no preço final nas bombas a partir de 2026.
O mecanismo do imposto seletivo
O Imposto Seletivo é um imposto federal que será cobrado além do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA). A ideia é que ele desestimule o consumo de bens e serviços específicos.
- Combustíveis: A tributação de gasolina e diesel pelo IS pode ser justificada sob o argumento de que são fontes de energia poluentes e, portanto, devem ser desestimuladas em prol de alternativas mais limpas.
- Impacto no transporte: Se o preço do diesel subir, o custo do frete será imediatamente reajustado. Isso significa que o aumento nos combustíveis é rapidamente repassado para o preço final de todos os produtos, de alimentos a eletrodomésticos, alimentando a inflação.
O debate da tributação e a inflação
Apesar de o objetivo da Reforma Tributária ser a simplificação e a redução do custo Brasil, a inclusão de itens essenciais no Imposto Seletivo gera preocupação:
- Inflação: O aumento dos custos de transporte é um dos principais fatores inflacionários.
- Regulamentação: O governo precisa regulamentar o Imposto Seletivo e definir as alíquotas. O setor de transportes já está pressionando Brasília para que os combustíveis sejam excluídos ou tenham alíquotas mínimas.
O consumidor deve acompanhar de perto as discussões sobre a regulamentação do Imposto Seletivo no Congresso no início de 2026. Qualquer definição sobre a taxação de combustíveis será sentida rapidamente no dia a dia.
