
A produtividade do milho na segunda safra de 2024/2025 em Mato Grosso do Sul teve um crescimento notável de 61,7%, alcançando um rendimento médio de 108,4 sacas por hectare. Esse aumento é resultado de condições climáticas favoráveis que beneficiaram a colheita, que totalizou 13,9 milhões de toneladas, representando uma elevação de 64,8% em comparação com a safra anterior.
A área plantada foi de 2,1 milhões de hectares, um aumento de 1,9% em relação ao ciclo anterior, indicando um avanço na eficiência das lavouras na região. Um levantamento de campo foi realizado entre maio e outubro, abrangendo 1,3 mil propriedades rurais, com um total de 29,8 mil quilômetros percorridos e 34,2 mil pontos de GPS mapeados. A equipe técnica monitorou 1,2 milhão de hectares em todas as regiões do estado para avaliar a produtividade.
Na Região Norte, os municípios de Alcinópolis, Chapadão do Sul e Costa Rica se destacaram com as melhores médias de produtividade, apresentando índices de 173,79 sc/ha, 167,08 sc/ha e 163,38 sc/ha, respectivamente. Outros municípios, como São Gabriel do Oeste, Paraíso das Águas, Maracaju, Sidrolândia, Dourados e Ponta Porã, também superaram a média estadual. Juntas, essas localidades respondem por 36% da produção de milho no estado.
Maracaju se destacou como líder na produção, colhendo 1,84 milhão de toneladas em uma área de 267,4 mil hectares. Outros municípios que se destacaram incluem Sidrolândia, que colheu 1,18 milhão de toneladas em 180,9 mil hectares, Ponta Porã com 1,13 milhão de toneladas em 177,1 mil hectares e Dourados, que obteve 1,11 milhão de toneladas em 175,6 mil hectares. Flávio Aguena, assessor técnico da Aprosoja/MS, atribui esse crescimento a um planejamento estratégico e à adoção de novas tecnologias no campo.
A semeadura do milho foi concluída em abril, embora com um pequeno atraso, mas ainda dentro da janela climática favorável. A colheita foi finalizada em setembro, cerca de duas semanas depois do tempo ideal previsto. Nos últimos dez anos, este é apenas o segundo ciclo em que Mato Grosso do Sul ultrapassa a marca de 100 sacas por hectare, repetindo o resultado de 2023, quando foram colhidas 14,2 milhões de toneladas em 2,3 milhões de hectares.

