
O programa SBT Repórter retornou à programação da emissora na terça-feira, dia 26, às 23h15, trazendo de volta um formato que se destacou no jornalismo brasileiro. A edição inaugural foi dedicada a Auschwitz, o maior campo de concentração do regime nazista, situado na Polônia.
A nova temporada é apresentada por César Filho, que já esteve à frente da atração de 2006 até seu encerramento anterior. A reportagem de estreia foi produzida por Magdalena Bonfiglioli, que investigou relatos de sobreviventes, reconstruindo memórias de dor e resistência das vítimas do Holocausto.
Dados preliminares de audiência mostraram que a estreia posicionou o SBT na briga pela segunda colocação, com uma média de 3 pontos. O programa chegou a um pico de 5 pontos e teve um share de 8,4%. Durante o mesmo horário, a Globo alcançou 9 pontos, enquanto a Record empatou com o SBT. A Band ficou em quarto lugar, com 2 pontos.
Histórico do Programa
Criado em 1995, o SBT Repórter surgiu como uma oportunidade de aprofundar o jornalismo da emissora. A primeira apresentadora foi Mônica Teixeira, seguida por nomes conhecidos como Monica Waldvogel, Marília Gabriela e Hermano Henning.
César Filho assumiu a apresentação em 2006 e continuou até a suspensão do programa. Seu retorno busca resgatar a credibilidade e a tradição de grandes reportagens que sempre foram a marca do formato.
Além de obter bons índices de audiência, o programa recebeu elogios da crítica especializada. No ano de seu lançamento, conquistou o Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de Melhor Programa da Televisão Brasileira, especialmente por reportagens de Roberto Cabrini.
Entre as reportagens mais memoráveis está a entrevista exclusiva com o ex-presidente Fernando Collor, após seu impeachment em 1992. Outro destaque foi um documentário que abordou torturas ocorridas no Iraque, revelando práticas brutais atribuídas ao regime de Saddam Hussein.
O Legado
O retorno do SBT Repórter é um sinal da contínua valorização do jornalismo investigativo pela emissora, que busca unir informação, emoção e relevância histórica. O programa volta a ocupar um espaço que, nos anos 1990, o estabeleceu como um dos principais símbolos de qualidade da emissora, sendo reconhecido tanto pela crítica quanto pelo carinho do público.