
Apresentador é acionado na Justiça por supostamente copiar formato de quadro para o ‘Domingão’; indenização pedida ultrapassa a marca de R$ 1 milhão.
O apresentador Luciano Huck encerra o ano de 2025 enfrentando um desafio jurídico de grandes proporções. O comandante do “Domingão com Huck” está sendo acusado de plágio em um processo que corre na Justiça e pede uma indenização que ultrapassa a casa do milhão. A acusação gira em torno da suposta cópia de um formato de quadro que teria sido criado por um terceiro e utilizado no programa sem a devida autorização ou créditos.
Processos envolvendo direitos autorais e formatos de televisão não são raros no entretenimento, mas o valor e o nome envolvido atraem todos os holofotes. Segundo as informações que constam na ação, o autor do processo alega ter apresentado o projeto à equipe do apresentador ou da emissora anteriormente, e teria sido surpreendido ao ver a ideia sendo executada na tela da TV Globo com roupagem idêntica.
Informações importantes como estas circulam nos bastidores da televisão brasileira e podem gerar um desgaste na imagem do apresentador, que é um dos maiores nomes do mercado publicitário. Em casos de plágio, a justiça busca entender se houve a apropriação indevida da “espinha dorsal” da obra ou se o que foi ao ar trata-se apenas de uma coincidência de temas comuns ao entretenimento.
Tudo sobre o Brasil e o universo das celebridades mostra que a disputa por ideias originais é ferrenha. Luciano Huck e sua equipe jurídica ainda devem apresentar a defesa completa, mas o caso já acendeu o debate sobre os limites da inspiração e a proteção de formatos audiovisuais no país.
Os detalhes da acusação de plágio
O autor da ação afirma que o quadro em questão possui elementos narrativos e estruturais que são frutos de sua criação intelectual. Para configurar plágio no meio televisivo, é necessário provar que não houve apenas uma semelhança de gênero (como dois programas de culinária, por exemplo), mas sim uma cópia de mecânicas específicas, bordões ou identidades visuais que tornam o conteúdo único.
O valor milionário pedido na causa reflete não apenas o suposto dano moral, mas também os ganhos comerciais que a emissora e o apresentador teriam obtido com a exibição e o patrocínio do quadro. Como o “Domingão” é uma das vitrines mais caras da TV brasileira, qualquer fração de seu faturamento pode chegar a cifras astronômicas.
O que diz a defesa e os próximos passos
Até o momento, a postura padrão em casos envolvendo a emissora e seus talentos é de que todas as criações passam por um rigoroso controle de compliance e departamento jurídico para garantir a originalidade. Luciano Huck, conhecido por sua imagem de empreendedor e criativo, costuma ser discreto em relação a processos em andamento, deixando a resolução para seus advogados.
A Justiça deve agora solicitar perícias técnicas para comparar o projeto original do autor com o que foi efetivamente exibido pela Globo. Esse processo pode levar meses, envolvendo a análise de roteiros, registros em órgãos de direitos autorais e trocas de e-mails que comprovem que a ideia circulou entre as partes antes de ir ao ar.
O impacto na carreira do apresentador
Mesmo que o processo termine em acordo ou seja julgado improcedente, o barulho em torno de uma acusação de R$ 1 milhão gera curiosidade e pressão. Huck, que frequentemente utiliza o palco para falar de ética e transformação social, vê-se agora em uma posição defensiva.
Este caso serve como um lembrete para toda a indústria criativa sobre a importância do registro de formatos e da formalização de qualquer apresentação de ideias para grandes redes. Em um mundo onde o conteúdo é o maior ativo, a linha entre a referência e a cópia precisa estar cada vez mais clara para evitar tribunais e prejuízos milionários.
