
Neste sábado, 23 de setembro, o time brasileiro de ginástica rítmica fez história ao conquistar a medalha de prata na competição geral por equipes durante o 41º Mundial da modalidade, realizado no Rio de Janeiro. Esse é o melhor resultado já obtido pelo país em mundiais de conjunto geral, onde as equipes se apresentam duas vezes, utilizando fitas, bolas e arcos.
A equipe brasileira somou 55.250 pontos nas duas apresentações e ficou apenas atrás do Japão, que conseguiu 55.550 pontos. A Espanha completou o pódio na terceira posição, com 54.750 pontos.
Dentre as cinco ginastas da Seleção Brasileira, duas são do Paraná. Mariana Gonçalves, de 20 anos, natural de Curitiba, treina pela Associação de Ginástica Rítmica (AGIR), projeto que recebeu um investimento de R$ 199 mil do Programa Estadual de Fomento e Incentivo ao Esporte (Proesporte). A outra atleta paranaense, Nicole Pircio, tem 23 anos e é formada em Piracicaba, mas reside e treina em Londrina. Ela recebeu apoio do Governo do Paraná durante sua formação, atuando como bolsista no Programa Geração Olímpica e Paralímpica, que a contemplou entre 2017 e 2024.
O grupo brasileiro, que alcançou o pódio pela primeira vez na história da modalidade, também é composto por Maria Eduarda Arakaki, Maria Paula Caminha e Sofia Pereira.
Desempenho Técnico
A medalha de prata foi conquistada após duas apresentações marcantes. Na primeira, utilizando cinco fitas, as ginastas brasileiras marcaram 27.400 pontos, a segunda melhor apresentação do campeonato neste aparelho, atrás apenas da Bulgária. Esse desempenho garantiu a classificação do Brasil para a final das fitas em equipe, que ocorrerá no domingo, 24 de setembro.
Na apresentação com três bolas e dois arcos, a equipe obteve 27.850 pontos, alcançando a terceira melhor pontuação do dia, ficando atrás apenas do Japão e da Espanha. Essa apresentação também garantiu a participação do Brasil na final do aparelho, prevista para o mesmo dia.
Desempenho Individual
Na competição individual realizada na sexta-feira, 22 de setembro, a paranaense Bárbara Domingos obteve um feito inédito, conquistando o 9º lugar geral. Essa é a melhor colocação já alcançada por uma ginasta brasileira na competição. Conhecida como Babi, ela treina em Curitiba, em um ginásio mantido pela Secretaria de Estado do Esporte e é atleta da AGIR. Durante sua formação, ela também recebeu suporte do Governo do Estado, atuando como bolsista no Programa Geração Olímpica e Paralímpica entre 2012 e 2024. Em 2024, Babi se destacou como a primeira brasileira finalista olímpica na ginástica rítmica e conquistou uma medalha de ouro individual nos Jogos Pan-Americanos.
Apoio ao Esporte
O Governo do Paraná tem investido continuamente na promoção da ginástica nas modalidades artística, rítmica e de trampolim. O Programa Proesporte, que chegou a um novo recorde de projetos este ano, recebeu 1.850 propostas. Desde 2018, foram destinados R$ 83 milhões a 577 iniciativas esportivas em todo o estado.
O Proesporte é financiado por uma parte do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS), permitindo que contribuintes destinem uma porção de seu imposto para apoiar o esporte. Além disso, o programa inclui ações de capacitação para gestores, contemplando várias regiões do Paraná.
Criado em 2011, o Programa Geração Olímpica e Paralímpica é o principal recurso estadual de apoio a atletas, oferecendo bolsas que são renovadas anualmente, com base nas performances em competições. Para a edição de 2025, estão disponíveis 1.226 bolsas para atletas e técnicos, num investimento de R$ 5,2 milhões, com recursos provenientes da Copel.