Bruno Henrique denunciado e pode enfrentar suspensão de dois anos

O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, foi denunciado pela Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por suposto envolvimento em manipulação de resultados esportivos. A informação foi confirmada e gerou atenção no mundo esportivo. A defesa do jogador e sua equipe ainda não se manifestaram sobre o caso.

Atualmente, Bruno Henrique está liberado para continuar jogando. Isso significa que ele deve integrar a delegação do Flamengo na partida contra o Ceará, que ocorrerá no Castelão, neste domingo (3).

Segundo investigações da Polícia Federal, Bruno Henrique teria forçado, de maneira intencional, a obtenção de um cartão amarelo durante uma partida entre Flamengo e Santos, realizada em novembro de 2023, no Estádio Mané Garrincha. A ação teria como objetivo beneficiar apostadores, incluindo seu irmão, Wander Pinto Júnior, e sua cunhada, Ludymilla Araújo Lima.

As investigações apontam que mensagens trocadas entre Bruno Henrique e seu irmão revelam uma combinação prévia para forçar a infração e lucrar em plataformas de apostas.

A denúncia abrange várias infrações, enquadrando o jogador em artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). O artigo 243, parágrafo 1º, menciona a possibilidade de punição por agir de maneira prejudicial à equipe com objetivo de obter vantagem financeira. O artigo 243-A trata da punição para aqueles que influenciam resultados de jogos contrariamente à ética desportiva.

Bruno Henrique também foi denunciado por infringir o artigo 184, que aborda a prática de múltiplas infrações, e o artigo 191, inciso III, que diz respeito ao descumprimento regulamentos das competições. Além disso, a procuradoria mencionou artigos do Regulamento Geral de Competições da CBF, que consideram ilícita qualquer conduta que incentive o jogo de apostas em partidas nas quais o atleta tenha influência.

As punições para as infrações podem variar, incluindo suspensão de 360 a 720 dias, suspensões de 12 a 24 partidas e multas que vão de R$ 100 a R$ 100 mil.

Outros indivíduos também foram denunciados, incluindo o irmão de Bruno, Wander Júnior, além de Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Andryl Reis e Douglas Barcelos, todos acusados de lucrar com as apostas ligadas ao cartão amarelo que Bruno recebeu.

Além da esfera esportiva, Bruno Henrique agora responde também a um processo na Justiça comum. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios apresentou a denúncia, que foi aceita parcialmente pela 7ª Vara Criminal de Brasília.

O caso continua em andamento, e a situação do jogador deve ser acompanhada de perto, tanto no âmbito esportivo quanto no judicial.