Ibovespa retoma 135 mil pontos após 20 dias de alta

O Ibovespa, que é o principal índice da Bolsa de Valores do Brasil, encerrou a quarta-feira, 23 de agosto, com uma alta de 0,99%, atingindo 135.368 pontos. Esse resultado marca o retorno do índice ao nível de 135 mil pontos após um intervalo de 20 dias. O volume financeiro negociado no dia foi de R$ 17 bilhões.

A alta do índice foi impulsionada pelo anúncio de um acordo comercial entre os Estados Unidos e o Japão. Esse acordo gerou otimismo no mercado, aumentando as expectativas de possíveis avanços nas negociações comerciais, especialmente com a União Europeia.

Entretanto, a tensão entre o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil continua a ser um ponto de atenção. Empresas ligadas a Trump solicitaram à Justiça americana para que fossem consideradas sanções contra os ministros do STF. Além disso, Trump levantou a possibilidade de retirar o Brasil do sistema SWIFT, que é utilizado para transações financeiras internacionais. Um economista reconhecido, Marcello Estevão, considerou essa hipótese “fora da realidade”.

Após três dias de negociações nesta semana, o Ibovespa acumulou uma alta de 1,49%, embora ainda esteja com uma queda de 2,51% no mês até agora. No cálculo do ano, o índice apresenta uma valorização de 12,54%.

Dentre as ações que compõem o Ibovespa, a Vale, uma das mais relevantes, teve uma leve queda de 0,14%. Por outro lado, a Petrobras se destacou com um aumento significativo: suas ações ordinárias subiram 2,23%, enquanto as ações preferenciais tiveram um crescimento de 2,04%, contribuindo consideravelmente para a alta do índice. Os maiores bancos também avançaram, com o Bradesco se destacando com um crescimento de 1,64%.

No que diz respeito às maiores altas do dia, as ações da Raízen lideraram com um aumento de 5,48%, seguidas pela CVC, que subiu 4,74%, e a Natura, que teve um crescimento de 4,27%. Em contraste, as ações da WEG apresentaram a maior queda, com uma desvalorização de 8,01%. As empresas BRF e Vamos também tiveram desempenhos negativos, com quedas de 1,85% e 1,52%, respectivamente.