Nasdaq atinge recorde nos EUA apesar das tarifas de Trump

As bolsas de valores dos Estados Unidos fecharam em alta nesta segunda-feira, 14 de outubro, apesar do aumento das tensões comerciais com a União Europeia, geradas por declarações do presidente Donald Trump.

No início do dia, os índices estavam em queda, mas, ao longo da sessão, os investidores decidiram assumir mais riscos, resultando em uma recuperação significativa. O índice Nasdaq, que reúne as principais empresas de tecnologia, atingiu um novo recorde de fechamento.

Eduardo Velho, economista-chefe da Equator Investimentos, comentou que o mercado acredita que as tarifas comerciais podem ser menos severas do que se esperava anteriormente.

### Desempenho dos índices

Os principais índices do mercado apresentaram as seguintes altas:
– Dow Jones: +0,20% (44.459,65 pontos)
– S&P 500: +0,14% (6.268,56 pontos)
– Nasdaq: +0,27% (20.640,33 pontos)

### Movimentações no mercado corporativo

Diante do cenário geopolítico tenso, as ações de empresas do setor de defesa tiveram um bom desempenho. A GE Aerospace subiu 2,71%, a Lockheed Martin avançou 1,33% e a Northrop Grumman registrou um crescimento de 1,32%.

O aumento do bitcoin também beneficiou ações de empresas envolvidas com criptoativos. A MicroStrategy teve uma alta de 3,78%, a Coinbase avançou 1,8% e a Robinhood subiu 1,65%. Já a Nvidia, conhecida por sua atuação no campo da inteligência artificial, teve uma leve queda de 0,52% após sucessivas valorizações, embora tenha alcançado uma marca histórica de valor de mercado superior a US$ 4 trilhões na semana anterior.

As ações da Boeing cresceram 1,62% devido à expectativa em torno de um relatório preliminar sobre o voo 171 da Air India, que será divulgado na próxima sexta-feira, 18 de outubro. A investigação, liderada pelo Departamento de Acidentes Aeronáuticos da Índia, analisa a atuação dos pilotos e, até o momento, não indicou problemas técnicos no modelo 787 Dreamliner.

### Temporada de balanços e inflação

Os investidores estão atentos à nova temporada de resultados corporativos. Após um início de ano promissor em 2025, as projeções indicam que os lucros podem desacelerar, especialmente com os primeiros balanços refletindo o impacto das tarifas impostas por Trump.

Além disso, a inflação nos Estados Unidos, medida pelo índice de preços ao consumidor (CPI), será divulgada amanhã, 15 de outubro. A expectativa é de que a inflação acelere, o que pode influenciar as decisões sobre a política de juros do Federal Reserve (Fed).