
Nos últimos anos, o uso de QR Codes se tornou cada vez mais comum, especialmente para facilitar pagamentos e acessar informações. Porém, essa tecnologia também tem gerado novos riscos, com o surgimento de fraudes conhecidas como “golpe do falso QR Code”. Esse tipo de crime está em ascensão e, em 2025, já é considerado uma das principais ameaças digitais que afetam tanto o comércio quanto os usuários.
O golpe acontece quando criminosos substituem ou sobrepõem QR Codes originais por versões falsas. Com isso, eles conseguem desviar pagamentos ou coletar dados pessoais. Os alvos mais frequentes são boletos bancários, máquinas de pagamento em lojas e cartazes que apresentam QR Codes em locais públicos. A popularidade dos QR Codes, combinada com a falta de atenção dos usuários, cria um ambiente ideal para que esses golpes se proliferem.
### Como funciona o golpe do falso QR Code?
O golpe começa quando os criminosos criam adesivos ou impressos contendo QR Codes que levam a contas bancárias falsas. Esses adesivos são colados de forma disfarçada sobre os códigos legítimos, que podem estar em documentos fiscais ou em caixas de pagamento de estabelecimentos. Assim, a vítima, ao escanear o código adulterado, acredita que está fazendo um pagamento correto, mas o dinheiro acaba indo parar nas mãos dos golpistas.
Além do prejuízo imediato, os danos podem se estender, já que a vítima poderá enfrentar cobranças por serviços que pensava ter pago, complicando a sua situação financeira e burocrática.
### Locais mais vulneráveis
Os lugares mais suscetíveis a esses tipos de fraude são aqueles que têm um grande fluxo de pessoas e onde os códigos de pagamento são facilmente acessíveis. Entre os principais locais estão bancos, supermercados, restaurantes, postos de combustível e espaços públicos. Cartazes com QR Codes também podem ser alvo, pois a alta circulação de pessoas dificulta a fiscalização dos códigos.
Em relação a boletos bancários, a fraude é comum em caixas de correspondência e portarias de prédios, onde golpistas recolhem documentos, alteram os QR Codes e os devolvem, levando as vítimas a realizarem pagamentos incorretos.
### Como se proteger?
A prevenção contra esses golpes requer cuidados essenciais antes de efetuar um pagamento. Ao escanear um QR Code, é importante verificar as informações do recebedor, como nome e CNPJ, que devem aparecer claramente no aplicativo que você está utilizando. Se os dados não forem consistentes, é melhor cancelar a operação.
Algumas dicas para se proteger incluem:
– Checar se o QR Code apresenta sinais de manipulação, como adesivos colados.
– Utilizar aplicativos que mostrem a URL ou informações do destinatário antes de finalizar o pagamento.
– Evitar realizar pagamentos com boletos ou cartazes que pareçam suspeitos.
– Confirmar com o estabelecimento a identidade do beneficiário antes de concluir a transação.
### Consequências para consumidores e estabelecimentos
Os impactos do golpe do falso QR Code vão além da perda financeira. Consumidores podem enfrentar dificuldades para rastrear os pagamentos e lidar com processos longos para reembolso. Por outro lado, os estabelecimentos que têm seus códigos adulterados podem perder a confiança dos clientes e ser responsabilizados por falhas na segurança.
Além disso, a crescente incidência dessa fraude leva empresas e órgãos reguladores a buscar métodos mais seguros de autenticação e monitoramento de pagamentos digitais. A atenção a detalhes e a educação sobre segurança são fundamentais para proteger usuários e estabelecimentos.
### O que fazer se você for vítima?
Caso perceba que pagou um QR Code fraudulento, é essencial agir rapidamente. O primeiro passo é registrar um boletim de ocorrência e informar imediatamente o banco responsável pela transação, fornecendo o máximo de detalhes possível. Muitas instituições conseguem bloquear transferências rapidamente, minimizando prejuízos.
Reunir provas, como fotos do boletos, comprovantes de pagamento e conversas com o suposto recebedor do dinheiro, pode ajudar na recuperação do valor e facilitar investigações. Além disso, vítimas podem entrar em contato com órgãos de defesa do consumidor para obter orientações sobre seus direitos e possíveis processos de restituição. Compartilhar a experiência também é importante, pois ajuda a alertar outras pessoas sobre os riscos dessa fraude digital.