
Perícia no Canil do Batalhão da PM é Autorizada Após Reclamações de Vizinhos
Um juiz da 3ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos, Marcelo Andrade Campos Silva, aprovou a realização de uma perícia no canil do Batalhão de Choque da Polícia Militar, localizado na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande. A decisão foi motivada por queixas de moradores do Condomínio San Pietro Villaggio, que se sentem incomodados com os latidos excessivos dos cães.
Os residentes do condomínio, que foi construído em 2012, relatam dificuldades para dormir e executar suas atividades diárias, especialmente durante a noite. O Batalhão de Choque, que começou suas operações no local em 2013, atualmente abriga 16 cães em um espaço projetado para 14. A PM justificou que os treinamentos e deslocamentos de seus cães frequentemente ocorrem durante a madrugada, o que contribui para os ruídos.
O juiz autorizou a perícia a fim de verificar se os latidos dos cães são realmente incessantes, se há a dispersão de gases durante os treinos e se esses fatores estão causando mau cheiro ou problemas de saúde para os moradores. Apesar disso, o pedido dos vizinhos para remover o canil do local foi negado.
Embora a decisão exija que o condomínio arque com os custos da perícia, os advogados que representam os moradores solicitam que essa responsabilidade caia sobre o governo do Estado. Eles afirmam que já apresentaram um laudo pericial anterior mostrando que os níveis de ruído estão em desacordo com a legislação municipal.
Moradores antigos do condomínio também relataram que o barulho dos latidos tem afetado suas noites de sono e a concentração em atividades como home office e estudos. A PM, por sua vez, explicou que a necessidade de treinamento contínuo dos cães e as missões que exigem deslocamentos para o interior do estado são fatores que justificam as atividades noturnas.
Ressaltando as dificuldades enfrentadas pela comunidade, os moradores buscam soluções para resolver o impasse com o batalhão, que se tornou um vizinho próximo nos últimos anos. A situação segue sob análise judicial, enquanto aguardam a conclusão da perícia.