
Quando uma pessoa se perde em um local inóspito, é natural se perguntar quanto tempo ela pode sobreviver sem água ou comida até que o resgate chegue.
Histórias de pessoas que se perderam na floresta, ficaram presas em desastres naturais ou naufragaram em alto-mar revelam o quanto o corpo humano consegue resistir em situações de extrema privação. Em muitos desses episódios, a ausência de comida e água se prolongou por dias.
Sobreviventes relatam sintomas como tontura, alucinação, exaustão extrema e confusão mental, o que comprova o impacto direto da falta de nutrientes e hidratação no funcionamento do corpo. Embora o tempo de sobrevivência varie de pessoa para pessoa, a ciência já identificou alguns padrões.
Então, dá para precisar quanto tempo o corpo aguenta sem suprimentos essenciais. Conhecer esses limites ajuda a entender a gravidade dessas situações e o que pode ser feito para resistir por mais tempo em cenários de emergência.
Neste artigo, você confere:
Afinal, quanto tempo uma pessoa sobrevive sem água ou comida?
A resposta a essa pergunta depende de muitos fatores, como idade, peso, composição corporal, temperatura ambiente e estado de saúde. Mesmo assim, existem estimativas gerais baseadas em estudos e casos reais que mostram o tempo médio que uma pessoa pode resistir sem se alimentar ou se hidratar.
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Sobrevivência sem comida
O corpo humano consegue sobreviver por várias semanas sem ingestão de alimentos, especialmente quando a pessoa continua ingerindo água. Pesquisas com jejum voluntário e greves de fome mostraram que alguns indivíduos resistiram de 28 a 38 dias antes de precisarem de atendimento médico.
Em outros casos mais graves, a morte ocorreu entre 45 e 61 dias após a última refeição. Durante esse tempo, o corpo utiliza as reservas de gordura como principal fonte de energia, processo conhecido como cetose. Pessoas com maior percentual de gordura tendem a sobreviver mais tempo.
Mulheres, em geral, resistem mais do que homens, pois usam gordura em vez de músculos durante o jejum prolongado. O emagrecimento extremo e a perda de massa muscular começam a comprometer órgãos vitais quando o índice de massa corporal (IMC) atinge níveis muito baixos, abaixo de 16,5.
Sobrevivência sem água
Sem água, o corpo entra em colapso muito mais rápido. A estimativa média é que uma pessoa sobreviva entre dois e quatro dias sem hidratação, dependendo do ambiente e da condição física. Em locais com clima seco, quente e exposição direta ao sol, o tempo de resistência diminui ainda mais.
A desidratação começa a afetar o organismo em poucas horas, provocando sintomas como sede intensa, dor de cabeça, pele seca, tontura, confusão mental e aumento dos batimentos cardíacos, o que acaba atrapalhando no processo de sobrevivência.
Um estudo realizado em 1944 mostrou que duas pessoas, mesmo com alimentação seca, não conseguiram ir além de três a quatro dias sem beber água, interrompendo o experimento por causa dos efeitos severos da desidratação. Ao contrário da fome, a sede não tem compensação interna.
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O que uma pessoa pode fazer para sobreviver nessas situações?
Sobreviver sem comida ou água exige mais do que resistência física. A capacidade de manter a calma, tomar decisões corretas e improvisar recursos pode fazer toda a diferença. Por isso, algumas atitudes aumentam consideravelmente as chances de resistência em situações de emergência.
- Racionalizar energia e evitar esforço desnecessário: O corpo consome menos calorias quando a pessoa permanece em repouso. Evitar caminhadas longas, corridas ou movimentos bruscos ajuda a preservar as reservas de energia por mais tempo, especialmente quando não há comida disponível.
- Buscar fontes alternativas de água: Coletar água da chuva, do orvalho, de folhas úmidas ou de raízes pode ser a única chance de hidratação em locais remotos. Se houver acesso a água duvidosa, ferver ou filtrar com tecido pode reduzir riscos de contaminação.
- Manter a mente ativa e controlar o pânico: O desespero acelera o consumo de energia e aumenta a desidratação por meio do suor e da respiração acelerada. Respirar fundo, manter a calma e pensar racionalmente ajudam a tomar decisões mais seguras.
- Proteger-se do sol e conservar a hidratação corporal: Usar sombras naturais, cobrir a cabeça com tecidos ou folhas e permanecer em áreas frescas ajudam a evitar a perda rápida de líquidos. O calor acelera a desidratação, mesmo que a pessoa não perceba.
- Observar sinais do corpo e reconhecer limites: Atenção a tontura, boca seca, urina escura e fraqueza extrema indica que o corpo está entrando em colapso. Nesses casos, priorizar a busca por água se torna mais importante do que procurar comida.
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