Câmara aprova novo cartão de crédito para os brasileiros

Novidades no cartão de crédito – A semana começou com um anúncio que pode representar uma virada de jogo para milhões de usuários de cartão de crédito no Brasil. A Câmara dos Deputados aprovou uma medida que visa limitar a taxa de juros rotativo, desencadeando tanto aplausos quanto críticas. Quais são os detalhes dessa decisão e o que ela pode significar para o bolso dos brasileiros?

Câmara aprova novo cartão de crédito para os brasileiros
O cartão de crédito pode passar por mudanças significativas nos juros rotativo. Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / noticiadamanha.com.br

Mudanças no cartão?

A proposta, aprovada com expressiva maioria de 360 votos a favor contra apenas 18 contrários, prevê um teto de 100% para a taxa de juros rotativo de cartão de crédito. Atualmente, o valor dessa taxa chega a alarmantes 439,24%. Tal taxa é ativada quando o usuário não consegue efetuar o pagamento integral da fatura do cartão de crédito no prazo estipulado. Graças à urgência dada pela Câmara à matéria, o projeto segue para análise e discussão sem necessidade de passar pelas comissões temáticas da Casa Legislativa.

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Especialistas em finanças pessoais e defesa do consumidor aplaudem a medida, argumentando que as taxas atuais são abusivas e contribuem para o alto índice de inadimplência no crédito, que supera 50% das operações. Se aprovado, o texto também estabelece um prazo de 90 dias para a regulamentação das novas medidas a partir da data de sua publicação.

Contudo, nem todos veem essa mudança com bons olhos. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) manifestou seu descontentamento com a decisão da Câmara. Segundo a entidade, um teto para os juros rotativos pode tornar o uso do cartão de crédito economicamente inviável para uma parcela considerável da população. A Febraban argumenta que o cartão de crédito é responsável por cerca de 40% de todo o consumo no Brasil e contribui com 21% para o Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

O comunicado oficial da Federação alerta para os riscos dessa medida: “Tetos para os juros no rotativo podem tornar uma parcela relevante dos cartões de crédito inviáveis economicamente, afetando a disponibilidade de crédito na economia”. Essa crítica coloca em perspectiva o impacto que a mudança pode ter, não só para os consumidores, mas também para o setor bancário e a economia como um todo.

Reformas no sistema de crédito

A iniciativa legislativa agora aguarda novas etapas para se tornar lei, mas já acendeu o debate sobre a necessidade de reformas no sistema de crédito brasileiro. O projeto é visto como uma faca de dois gumes: por um lado, pode beneficiar os consumidores ao reduzir a pressão das taxas exorbitantes; por outro, pode limitar o acesso ao crédito e gerar consequências imprevistas na economia.

Caso a lei seja aprovada e sancionada, bancos e instituições financeiras terão um período de ajuste para se adaptarem à nova realidade, o que deverá ser um barômetro interessante para entender como essas entidades equilibrarão a rentabilidade e a responsabilidade social. Independentemente do desfecho, o assunto promete manter os holofotes acesos, tanto no parlamento quanto nas mesas de negociação das instituições financeiras.

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Como ter uma relação saudável com o cartão?

O cartão pode ser o melhor amigo de alguém, ao passo que também pode se tornar o maior inimigo. Tudo depende de quem está utilizando e como está utilizando. Se usado da forma correta, acaba auxiliando bastante no cotidiano e até mesmo em compras de móveis para a residência, mas como tudo na vida, necessita de um bom planejamento. 

Por isso, nunca deixe o cartão atrasar, pois isso pode até prejudicar a vida financeira do usuário de uma maneira considerável, já que os juros do cartão, geralmente, são bem altos, então, é melhor pagar antes do que pagar quase o dobro apenas em juros. 

Evite emprestar o cartão, ao menos que esteja disposto a pagar por contas de terceiros, pois é isso que acontece quando a pessoa não recebe o dinheiro na data marcada e acaba sendo obrigada a tirar do próprio bolso.