Empréstimo consignado no Bolsa Família ainda funciona? Entenda as mudanças 2023

O empréstimo usando o Bolsa Família havia sido suspenso, agora, ele voltou, todavia, com novas regras a fim de manter sempre o caráter social do benefício em questão. Durante quase 30 dias de suspensão, ele está totalmente reformulado, a finalidade principal é sempre manter a saúde financeira das famílias e não colocá-las em dívidas ou em situação de inadimplência. Lembrando que as novas regras só valem para os empréstimos realizados do último dia 09 de Fevereiro em diante, os que foram contratados anteriormente, irão manter o padrão. 

Cartão do Bolsa Família e dinheiro
Confira como está a nova modalidade de empréstimo com o Bolsa Família | Imagem: Jeane de Oliveira / noticiadamanha.com.br

Como irá funcionar a nova modalidade do consignado?

O funcionamento será bastante parecido com o que ocorria anteriormente. As principais mudanças são inerentes a taxa de juros e quantidade máxima de parcelas. Por exemplo, o Governo agora estipulou que com o empréstimo, o usuário poderia comprometer apenas 5% do valor total do benefício. Anteriormente, o percentual era de 40%, isto é, quase a metade. 

Ou seja, como o valor do bolsa família é de R$ 600, a família irá poder comprometer apenas R$ 30 para o pagamento do empréstimo. Anteriormente, a parcela comprometida poderia chegar a R$ 240, o que colocaria muitas famílias em situação financeira bastante complicada. Já que poderiam chegar a receber apenas R$ 360 por mês.

Outra mudança bastante significativa foi em relação ao número máximo de parcelas, isto é, as prestações não podem exceder 6 parcelas mensais. Além disso, os juros também serão ‘controlados’, agora, eles não podem ser superiores a 2,5%. Lembrando, que anteriormente, o número máximo de parcelas era de 24. 

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Na prática, qual o impacto real dessas mudanças?

Primeiro é importante entender o motivo dela ter ocorrido. Anteriormente, como citado, os brasileiros poderiam comprometer até R$ 240 do seu benefício para pagar o empréstimo, e essa parcela poderia durar até 2 anos. Ou seja, imagina o beneficiário passar 2 anos com menos R$ 240 em seu benefício, sendo que provavelmente o valor do empréstimo foi gasto em poucos dias.

Portanto, isso gerava uma desvantagem para os beneficiários, embora eles só fizessem o empréstimo porque queriam, mas em uma precisão, eles poderiam optar pelo consignado sem pensar direito nas consequências futuras que isso poderia ocasionar. Por isso, com as novas regras, só quem tem a ganhar, são essas pessoas de uma classe social mais baixa. 

Por isso, só faça o empréstimo em questão se de fato for algo bem necessário. Uma vez que a principal finalidade do programa, é sempre manter o caráter social dele. E para ajudar ainda mais as pessoas, em breve, uma parcela de R$ 150 será adicionada para as famílias que tiverem filhos com idade inferior a seis anos. 

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