Quando terá nova fase do “DINHEIRO ESQUECIDO”? R$ 4 bilhões na espera

O famoso “dinheiro esquecido” representou uma grata surpresa para milhões de brasileiros que, no primeiro semestre de 2022, puderam resgatar quantias às quais nem mesmo sabiam que tinham direito.

Embora R$ 4 bilhões tenham sido reunidos na primeira fase, e somente R$ 321 milhões tenham sido sacados, uma nova fase foi prevista para iniciar ainda no mesmo semestre.

A iniciativa, porém, teve que ser adiada, deixando a população na expectativa de informações a respeito de quando pessoas físicas e jurídicas poderão fazer novas consultas e novos saques.

Quando terá nova fase do “DINHEIRO ESQUECIDO”? R$ 4 bilhões na espera
Brasileiros seguem à espera de nova fase do “dinheiro esquecido” | Imagem: Jeane de Oliveira / noticiadamanha.com.br

O que é o “dinheiro esquecido”

“Dinheiro esquecido” nada mais é do que um termo utilizado para se referir ao Sistema de Valores a Receber (SVR): uma iniciativa do Banco Central para permitir que a população possa ter acesso tanto a quantias que de fato esqueceu em alguma instituição bancária por algum motivo, quanto a quantias que, por direito, deveria receber.

Quem havia encerrado uma conta bancária que estava com saldo positivo, por exemplo, consegue reaver o valor por meio do SVR.

Na primeira fase, que foi finalizada em abril, puderam ser resgatados “dinheiros esquecidos” em cinco fontes, sendo elas:

  1. As já citadas contas bancárias encerradas, com saldo;
  2. Os recursos referentes a consórcios encerrados, e que não foram procurados;
  3. As tarifas cobradas indevidamente pelos bancos (tarifas estas que estão nos Termos de Compromisso estipulados pelo Banco Central);
  4. A divisão de sobras líquidas e as cotas de capital ligadas às cooperativas de crédito;
  5. As parcelas e demais obrigações relacionadas às operações de crédito e que tenham sido cobradas de forma indevida pelos bancos.

A segunda fase, que estava prevista para maio deste ano, foi adiada por conta de uma greve realizada pelos servidores do Banco Central.

Nela está prevista a utilização de sete fontes, incluindo:

  • Fundo Garantidor de Créditos (FGC);
  • Entidades em liquidação extrajudicial;
  • Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop).

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Previsão de nova fase

Mesmo após finalizada a greve dos servidores, não houve anúncio do Banco Central em relação a uma nova possível data para a realização da segunda fase do Sistema de Valores a Receber.

Estima-se, porém, que aproximadamente R$ 4 bilhões estarão à disposição dos brasileiros para a realização de saques e consultas. Com a vantagem de, nesta segunda fase, não ser mais necessário fazer o agendamento obrigatório para sacar a quantia disponível.

Por meio de um comunicado em seu próprio portal, o BC informa que segue trabalhando nas melhorias do sistema e que, em breve, divulgará não só a data de reabertura do SVR, como também as informações relacionadas aos valores de pessoas já falecidas.

Novas informações oficiais podem ser acessadas por meio do site www.valoresareceber.bcb.gov.br.

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